Dom Helder Camara: profeta-peregrino da justiça e da paz

Pe. Dr. Edvaldo M. Araujo
Pe. Dr. Edvaldo M. Araujo.

Neste último sábado participei de um debate com o Pe. Dr. Edvaldo M. Araújo. Ele é autor da primeira tese de doutorado sobre as implicações teológicas da prática profética de Dom Helder Camara. Dizer que a prática de Dom Helder é profética já é por si só uma afirmação controversa. Pelo menos, o é quando se leva em consideração a ortopraxis dos grupos conservadores que lhes são contemporâneos. A teologia, como intellectus fidei, uma proposta lógica e racional da sistematização da fé, sofre disputas como qualquer outra ciência, mesmo que a afirmação de que teologia seja uma ciência pareça algo dificultoso de se sustentar tendo como referência a formalidade cartesiana e um tanto positivista da ciência moderna. Mas, meu objetivo aqui não é esse. Não sou teólogo. Os pormenores teóricos que discutem os esquemas cabíveis dentro da regula fidei já foram defendidos por excelentes teólogos.

Eleições municipais

Ronei 13300
Eu voto Ronei 13.300 para vereador
As eleições municipais se avizinham e a ladainha corriqueira vai tomando forma e conteúdo tendo como protagonistas àqueles que somente tem essa possibilidade propagandista para utilizar nessa época. Há muito tempo as eleições brasileiras não são mais espaços de debate político, mas um emaranhando de disputas midiaticas onde ganha quem tem o melhor marqueteiro. Os que ainda têm algo concreto e objetivo pra debater, um projeto político factual, são ofuscados pelo poder econômico do capital privado, financiador das mais diversas candidaturas.
Diante do quadro estrutural das possibilidades de financiamento de uma campanha restam poucas alternativas àqueles que não querem tornar-se refém do capital. Para um projeto de poder que realmente consiga angariar capital político suficiente para colocar-se como alternativa viável diante desse quadro desfavorável ao movimento popular, o limite do aceitável torna-se tênue. A contínua vigilância é o aspecto balizador da conduta. E só quem permite ser vigiado e quem não tem aversão pela democracia está protegido da submissão orgânica e automática. Não qualquer democracia, não a trivial, mas àquela ao pé do ouvido, dos que falam e querem falar justamente pelo fato de não terem voz dentro da democracia formal.

O sujeito e suas diversas relações (3)

Depois de uma pausa com os textos de faculdade, estou retornando com a terceira parte da reflexão sobre o sujeito, retomando com Sartre.

Os dilemas de um cientista social recém formado

Não fiz nenhum comentário até agora sobre minha formatura, ocorrida dia 27 de Janeiro. Talvez porque, esse rito de passagem, que rearranja minha situação de liminaridade, tenha um conteúdo muito mais formal do que prático. Não que eu negue sua importância, mas é que compartilho das reflexões de Bourdieu quando este afirma que o diploma, como legitimador da obtenção de determinado capital simbólico, serve apenas para aqueles que não o obtiveram. Essa problemática coloca para mim um dilema ético muito mais abrangente do que a prática profissional, que respaldada em legislação específica, tenho o direito a partir desse momento de exercer.

O balanço do #StopSOPA #SOPAblackoutBR

Dando uma pausa nas reflexões de faculdade, este post vem fazer um pequeno balanço do que foram as manifestações dos ativistas que lutam por uma Internet livre. Longe de querer mapear a capilaridade do movimento, de alcance global, pelo menos vamos tentar elencar alguns resultados importantes dessa batalha que já se desdobra em outras prerrogativas: o fechamento do site de compartilhamento de arquivos Megaupload - que configura flagrante retaliação ao movimento - e os ataques coordenados às instituições americanas, como resposta a essa medida.

O sujeito e suas diversas relações (2)

Continuando com a tímida reflexão sobre a idéia de sujeito...

O sujeito e suas diversas relações (1)

Dando início a série de posts que demonstram uma parte do cotidiano acadêmico de um estudante de ciências sociais, convido meus caros amigos filósofos a percorrerem por essas linhas, tortas linhas, e esmiuçarem minha tentativa de reflexão filosófica. Estou certo do meu amadorismo filosófico, mas a crítica constrói.

Estas linhas correspondem ao resultado de um trabalho para a disciplina de Filosofia. Dividirei em partes para que não fique extenso demais. Por hoje, fico somente com a introdução. Espero que pelo menos seja algo agradável para a leitura.

Uma série de posts

Estive revisitando alguns materiais da faculdade e uma idéia me surgiu: por que não escrever as modestas reflexões desse estudante de ciências sociais (agora formado)?
Estas reflexões são resultado de trabalhos e avaliações e acabam representando, agora, parte de minha trajetória de estudante.
Essa idéia veio acompanhada de duas necessidades: 1) a vontade de transformar reflexões materializadas em papel em reflexões materializadas por meio de bits. Digitalizar conhecimento é o prelúdio de outra necessidade; 2) a de compartilhar esses escritos para apreciação crítica de quem quer que seja ou, como diria Marx sobre algum de seus manuscritos sem a intenção de plubicação, para "a crítica roedora dos ratos", nesse caso, "ratos virtuais". Rs.


Espero que seja agradável!

Quando o inesperado invade nossos planos

Dia 02 de Dezembro de 2011 ficará marcado em minha memória até o fim de meus dias. Na minha memória e daqueles que se desesperaram, compartilhando comigo angústia, dor e aflição. Foram essas sensações e sentimentos que subsidiaram a invariável circunstância de experimentar a morte de um grande amigo, de não encontrar explicação, pelo menos por meios lógicos, da possibilidade de estar escrevendo esse texto sem qualquer prejuízo maior do que uma fratura do "Úmero Proximal" e de uma lesão parcial de um tendão.