Decidi dar um novo ar ao blog. Quem sabe me animo a postar mais coisas...
Vamo ver...
Nova roupagem
Poesia aleatória
domingo, 20 de novembro de 2011 |
Tags:
angústia,
augusto dos anjos
por Unknown
Abri aleatoriamente o livro de Augusto dos Anjos, o "Eu e outras poesias". Resolvi postar a poesia que vi ali, àquela que o acaso escolheu:
POEMA NEGRO
Para iludir minha desgraça, estudo.Intimamente sei que não me iludo.Para onde vou (o mundo inteiro nota)Nos meus olhares fúnebres, carregoA indiferença estúpida de um cegoE o ar indolente de um chinês idiota!A passagem dos séculos me assombra.Para onde irá correndo minha sombraNesse cavalo de eletricidade?!Caminho, e a mim pergunto, na vertigem:-Quem sou? Para onde vou? Qual minha origem?E parece-me um sonho a realidade.Em vão com o grito do meu peito impreco!Dos brados meus ouvindo apenas o eco,Eu torço os braços numa angústia doudaE muita vez, à meia-noite, rioSinistramente, vendo o verme frioQue há de comer a minha carne toda!
O que nos resta?
terça-feira, 19 de abril de 2011 |
Tags:
esperar,
globalização
por Unknown
Não há prosa nem poesia que experiencie a intensidade das dores desse mundo. Quando na vida cotidiana das pessoas comuns ou do cidadão médio que o liberal nomeia, estão falidas as possibilidades e contradições das inconsistências da história, não há mais distância entre experiência e expectativa positiva. Essa distância produtora de consistente utopias humanas, da possibilidade de criação do novo e do inesperado, do germinar das variadas formas de resistência. O encurtamento dessa distância, produtora de vivificantes esperanças, é a causadora da decomposição dos nossos sonhos, do rearranjo de nossas experiências, do limiar do imediatismo exarcebado, celebrado sempre e continuamente como mito fundador de nossas alegrias, felicidades e satisfações descartáveis.
A agência autônoma dos homens cada vez mais parece uma afirmação axiomática que insiste em negar uma experiência em vias de plenificar-se: a incapacidade autoconsciente de nos apropriarmos de nós mesmos. Mais do que nunca a imagem foucaultiana da produção de sujeitos dóceis e úteis ganhou proporção industrial. Nem as dicotomias mais ou menos maniqueístas e moralmente compartilhadas por grupos sociais distintos e conflitantes não sustentam mais uma certa perspectiva de enfrentamento e disenso. Tudo parece caminhar harmoniosamente em direção a uma ingerência do ser, cristalização de objetividades desconexas, desterritorializadas, vazias de ação consciente e produtora, numa homogeinização de subjetividades.
O que nos resta?
A agência autônoma dos homens cada vez mais parece uma afirmação axiomática que insiste em negar uma experiência em vias de plenificar-se: a incapacidade autoconsciente de nos apropriarmos de nós mesmos. Mais do que nunca a imagem foucaultiana da produção de sujeitos dóceis e úteis ganhou proporção industrial. Nem as dicotomias mais ou menos maniqueístas e moralmente compartilhadas por grupos sociais distintos e conflitantes não sustentam mais uma certa perspectiva de enfrentamento e disenso. Tudo parece caminhar harmoniosamente em direção a uma ingerência do ser, cristalização de objetividades desconexas, desterritorializadas, vazias de ação consciente e produtora, numa homogeinização de subjetividades.
O que nos resta?
Globalização hegemonica e resistência
quarta-feira, 13 de abril de 2011 |
Tags:
capitalismo,
globalização
por Unknown
Como a atividade acadêmica e o trabalho consomem 120% de meu tempo e energia, quase nunca escrevo aqui. E, para que isso seja provado postarei um texto escrito em quatro mãos. Esse texto é resultado de um processo avaliativo da disciplina de Sociologia e é a tentativa de refletir sobre um processo amplo e complexo: a tal da Globalização. Eu e meus companheiros de reflexão, escrevemos a partir de dois olhares, que apesar de serem distintos convergem numa mesma direção quanto a postura de análise. Me refiro ao sociólogo brasileiro Octavio Ianni e a Vandana Shiva. Ao final deixo a referência bibliográfica para a consulta dos textos que valem a pena serem lidos pela sutileza e beleza reflexiva.
SWU: Um Festival Não Tão Sustentável Assim
Eu sei que faz muito tempo que eu não escrevo, mais do que o tempo de toda uma eternidade, mas...
Resolvi voltar a ativa!
Minha acidez costumeira se volta agora para um evento nomeado de SWU. Antes que alguém diga: sim eu vou! Por mais que pareça hipocrisia criticar o festival participando dele ainda acho oportuna a crítica. E, logo após a crítica, explico porque acabei cedendo e comprei o maldito ingresso.
Resolvi voltar a ativa!
Minha acidez costumeira se volta agora para um evento nomeado de SWU. Antes que alguém diga: sim eu vou! Por mais que pareça hipocrisia criticar o festival participando dele ainda acho oportuna a crítica. E, logo após a crítica, explico porque acabei cedendo e comprei o maldito ingresso.