O que nos resta?

Não há prosa nem poesia que experiencie a intensidade das dores desse mundo. Quando na vida cotidiana das pessoas comuns ou do cidadão médio que o liberal nomeia, estão falidas as possibilidades e contradições das inconsistências da história, não há mais distância entre experiência e expectativa positiva. Essa distância produtora de consistente utopias humanas, da possibilidade de criação do novo e do inesperado, do germinar das variadas formas de resistência. O encurtamento dessa distância, produtora de vivificantes esperanças, é a causadora da decomposição dos nossos sonhos, do rearranjo de nossas experiências, do limiar do imediatismo exarcebado, celebrado sempre e continuamente como mito fundador de nossas alegrias, felicidades e satisfações descartáveis.
A agência autônoma dos homens cada vez mais parece uma afirmação axiomática que insiste em negar uma experiência em vias de plenificar-se: a incapacidade autoconsciente de nos apropriarmos de nós mesmos. Mais do que nunca a imagem foucaultiana da produção de sujeitos dóceis e úteis ganhou proporção industrial. Nem as dicotomias mais ou menos maniqueístas e moralmente compartilhadas por grupos sociais distintos e conflitantes não sustentam mais uma certa perspectiva de enfrentamento e disenso. Tudo parece caminhar harmoniosamente em direção a uma ingerência do ser, cristalização de objetividades desconexas, desterritorializadas, vazias de ação consciente e produtora, numa homogeinização de subjetividades.
O que nos resta?

Globalização hegemonica e resistência

Como a atividade acadêmica e o trabalho consomem 120% de meu tempo e energia, quase nunca escrevo aqui. E, para que isso seja provado postarei um texto escrito em quatro mãos. Esse texto é resultado de um processo avaliativo da disciplina de Sociologia e é a tentativa de refletir sobre um processo amplo e complexo: a tal da Globalização. Eu e meus companheiros de reflexão, escrevemos a partir de dois olhares, que apesar de serem distintos convergem numa mesma direção quanto a postura de análise. Me refiro ao sociólogo brasileiro Octavio Ianni e a Vandana Shiva. Ao final deixo a referência bibliográfica para a consulta dos textos que valem a pena serem lidos pela sutileza e beleza reflexiva.

SWU: Um Festival Não Tão Sustentável Assim

Eu sei que faz muito tempo que eu não escrevo, mais do que o tempo de toda uma eternidade, mas...
Resolvi voltar a ativa!
Minha acidez costumeira se volta agora para um evento nomeado de SWU. Antes que alguém diga: sim eu vou! Por mais que pareça hipocrisia criticar o festival participando dele ainda acho oportuna a crítica. E, logo após a crítica, explico porque acabei cedendo e comprei o maldito ingresso.

Por que nego o discurso supostamente subversivo dos vegetarianos?

Esse texto serve como forma objetiva de demonstração do porque não concebo o discurso vegetariano da forma com a qual os próprios vegetarianos o formulam. Quero deixar claro que não tenho nada contra ninguém que opta por este hábito, meu propósito não é combater o hábito desses individuos mas sim, demonstrar que esta prática nada altera a estrutura da qual são críticos e, alertar sobre o caráter superficial e um tanto pequeno-burguês dessa prática.


Vida Nova

Mudei aqui para o blogger porque a versão gratuita do Wordpress não me permite fazer várias coisas que por aqui são possíveis e eu ainda não tenho uma condição financeira favorável pra pagar um host pra hospedagem do outro Wordpress e muito menos um tempo considerável pra me debruçar na aprendizagem da instalação e configuração da plataforma.
Ainda tem alguns ajustes pra se fazer no HTML do template mas meu conhecimento em linguagens da web ainda é relativamente escasso (prometo exercitar o auto-didatismo logo) e amigos com uma vocação "geek" maior que a minha me ajudarão, hehe.
Por hora vou retomar a linha de assuntos (poucos) que abordei em postagens no antigo blog do Wordpress.


Mais um parto feito!